"O Governo da República terá comunicado esta sexta-feira a posição favorável de princípio de Portugal à utilização das Lajes, nos Açores, como base de treino dos F-22 e, no futuro, os F-35, ao secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates.Citando fonte governamental e informações recolhidas nas últimas semanas junto de fontes militares, o Público acrescenta que um dos obstáculos a este entendimento seria se o treino de aviões militares, de última geração, não pudesse conviver pacificamente com o tráfego civil.No entanto, a NAV (Navegação Aérea de Portugal) terá feito um estudo e concluiu serem compatíveis as duas actividades. Isso mesmo - lê-se ainda na notícia - foi confirmado pelo ministro português da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, depois do encontro com Gates, em Bruxelas, à margem de uma reunião ministerial da NATO. O jornal adianta ainda que para que este acordo se torne definitivo, faltam porém outras avaliações “como custos económicos e o impacto ambiental, face à proximidade da ilha do Corvo da zona de treino”No que respeita a contrapartidas, Severiano Teixeira disse que “naturalmente que as contrapartidas terão de existir”.
Governo dos Açores concordaO representante dos Açores na Comissão Bilateral Permanente do Acordo das Lajes, quando questionado ontem pelo Açoriano Oriental sobre esta notícia, afirmou: “Não fomos apanhados de surpresa.”Francisco Tavares esclareceu que a Região acompanha este processo desde o início, ou seja, desde que os Estados Unidos da América manifestaram vontade de utilizar a Base nos Açores para testes de caças, o que aconteceu no primeiro semestre de 2008.Sobre as afirmações do ministro português da Defesa, não as considera propriamente novas e acrescenta que a posição (de princípio) é coincidente com a do Governo Regional dos Açores.Isto desde que - ressalva - “acautelados os devidos impactos ambientais”, assim como o tráfego civil. Em suma, frisa, os interesses dos Açores nesta matéria.Francisco Tavares esclarece também que “esta fase é de carácter eminentemente técnico” e a avaliação da pretensão dos EUA decorre ainda ao nível das respectivas forças aéreas, com o envolvimento da NAV.“Depois, decorrerá, um processo político”, diz. Nessa última fase para a qual, afirma, não há nenhum calendário estipulado, serão determinadas as novas valências de utilização da Base das Lajes por parte dos EUA assim como as respectivas contrapartidas.Por fim, o representante dos Açores na Comissão Bilateral de Acompanhamento defende que se deve perceber “todos os contornos técnicos para tomar uma decisão política em conformidade”. Recorde-se que na última reunião do órgão de acompanhamento do Acordo das Lajes, em Maio último, o representante açoriano destacou o facto de ter ficado “salvaguardada” a participação dos Açores “em todas as decisões relevantes” relativas à Base e ao seu impacto na Região.Entretanto, Severiano Teixeira, que se reuniu com Robert Gates à margem da reunião da NATO nas últimas quinta e sexta-feiras, em Bruxelas, revelou também que Portugal e os EUA chegaram a um entendimento sobre a repavimentação da pista da base militar, uma obra orçada em 4,5 milhões de euros. Portugal vai assumir 1,5 ME.
Olímpia Granada"
in açoriano oriental
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