"RESERVA VOLUNTÁRIA DO CANEIRO GERIDA POR POPULARES
Enquanto no resto do arquipélago, mergulhadores e pescadores concorrem pelo espaço marítimo, no Corvo há um exemplo de cooperação entre os dois interessados.
Quando em 1998, a Nauticorvo foi criada, os operadores da empresa encontraram dois meros, enquanto exploravam a zona. Na altura, ficaram na dúvida sobre se deveriam ou não divulgar a descoberta. Optaram por passar vídeos sobre os peixes descobertos nos cafés da ilha.
Em pouco tempo conseguiram sensibilizar os pescadores corvinos para a necessidade de criar uma reserva marinha no local. E em 1999, a área foi declarada pelos habitantes da ilha como Reserva Voluntária do Caneiro dos Meros.
Na altura, existiam apenas cinco ou seis embarcações no Corvo, motivo que facilitou a conversação, segundo Fernando Cardoso, da Nauticorvo. Deixou de existir actividade extractiva no local e hoje é um dos pontos de interesse para o turismo de mergulho da Região.
Por ano, fazem-se apenas cerca de 30 mergulhos na zona. No entanto, pescadores de fora da ilha, continuam a tentar capturar na zona. Hoje, é a própria população que fiscaliza a zona. Uma acção facilitada por se encontrar a apenas 300 metros da costa.
Segundo Fernando Cardoso, a reserva traz mais vantagens do que a caça. “O mero se for vendido é vendido a cinco euros por quilo, por exemplo. Um mero de 20 kg pode valer 100 euros. Enquanto que se ele se mantiver vivo e for uma fonte de atracção para os turistas, é a empresa de turismo que está a ganhar, é a SATA que está a ganhar, porque faz viagens, são os restaurantes da ilha, são os hotéis da ilha, toda a gente ganha com isso. Tem um valor potencial enormíssimo”, defende.
O operador de mergulho acredita mesmo que a criação de reservas pode beneficiar os próprios pescadores. “Está mais ou menos provado que se for criada uma determinada reserva e se essa reserva for mantida durante vários anos, acontece que a população dos peixes cresce e os peixes começam a fugir da reserva para fora, ou seja ajuda a povoar ou repovoar outros locais. A médio prazo o rendimento dos pescadores pode ser maior”, salienta.
A solução para aplicar este exemplo a outras ilhas, de acordo com Fernando Cardoso, passa pela sensibilização. “Tem de se sensibilizar os pescadores e eles têm de entender as vantagens de uma coisa destas. Mesmo que eles não encontrem vantagens em aderir, têm de ver pelo menos que não inconvenientes”. "
Enquanto no resto do arquipélago, mergulhadores e pescadores concorrem pelo espaço marítimo, no Corvo há um exemplo de cooperação entre os dois interessados.
Quando em 1998, a Nauticorvo foi criada, os operadores da empresa encontraram dois meros, enquanto exploravam a zona. Na altura, ficaram na dúvida sobre se deveriam ou não divulgar a descoberta. Optaram por passar vídeos sobre os peixes descobertos nos cafés da ilha.
Em pouco tempo conseguiram sensibilizar os pescadores corvinos para a necessidade de criar uma reserva marinha no local. E em 1999, a área foi declarada pelos habitantes da ilha como Reserva Voluntária do Caneiro dos Meros.
Na altura, existiam apenas cinco ou seis embarcações no Corvo, motivo que facilitou a conversação, segundo Fernando Cardoso, da Nauticorvo. Deixou de existir actividade extractiva no local e hoje é um dos pontos de interesse para o turismo de mergulho da Região.
Por ano, fazem-se apenas cerca de 30 mergulhos na zona. No entanto, pescadores de fora da ilha, continuam a tentar capturar na zona. Hoje, é a própria população que fiscaliza a zona. Uma acção facilitada por se encontrar a apenas 300 metros da costa.
Segundo Fernando Cardoso, a reserva traz mais vantagens do que a caça. “O mero se for vendido é vendido a cinco euros por quilo, por exemplo. Um mero de 20 kg pode valer 100 euros. Enquanto que se ele se mantiver vivo e for uma fonte de atracção para os turistas, é a empresa de turismo que está a ganhar, é a SATA que está a ganhar, porque faz viagens, são os restaurantes da ilha, são os hotéis da ilha, toda a gente ganha com isso. Tem um valor potencial enormíssimo”, defende.
O operador de mergulho acredita mesmo que a criação de reservas pode beneficiar os próprios pescadores. “Está mais ou menos provado que se for criada uma determinada reserva e se essa reserva for mantida durante vários anos, acontece que a população dos peixes cresce e os peixes começam a fugir da reserva para fora, ou seja ajuda a povoar ou repovoar outros locais. A médio prazo o rendimento dos pescadores pode ser maior”, salienta.
A solução para aplicar este exemplo a outras ilhas, de acordo com Fernando Cardoso, passa pela sensibilização. “Tem de se sensibilizar os pescadores e eles têm de entender as vantagens de uma coisa destas. Mesmo que eles não encontrem vantagens em aderir, têm de ver pelo menos que não inconvenientes”. "
In Diário Insular
Cuidado com o Cristino ......!!!!!!.......
ResponderEliminarPerdão ..... esse é mais para cavacos
ResponderEliminarOs nossos pescadores têm tanta area boa para pescar,neste mar limpido dos açores,não é dificel!E como diz o Jorge,so traz beneficios,para a população e para a natureza!No final,todos sao vencedores. Ate o nosso "salsichas" Mr Mero.:-) ...se ao menos o resto de planeta comecasse a pensar assim... :-(
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